quinta-feira, 22 de outubro de 2009

o incio das minhas lembranças

Nasci numa pequena aldeia da Beira Alta no distrito de Viseu,  a minha cidade!
Eu era a segunda filha mais velha de quatro irmãos.
E assim começo por relatar as minha lembraças.
Na minha pequena aldeia vivi até aos seis anos e, apesar da pouca idade, guardo muita boas lembranças. Nessa idade era uma criança muito feliz, adorava brincar na rua, andar ao ar livre, correr pelos campos, ouvir os passarinhos e tal como eles cantava, cantava sem parar. Recordo com alguma nostalgia essa parte da minha meninice. Aos oito anos fui viver para Viseu, aí já não podia andar livremente, ia  para a escola e voltava sempre com a minha amiga Glória.

Aos oito anos por motivos de serviço do meu Pai fomos viver para uma aldeia de Trás-os-Montes, "Travassos da Chã", concelho de Montalegre. 

Desde a minha infância que me sinto um pouco nómada, nunca permaneci por muito tempo no mesmo lugar, mas desde cedo me adaptei com alguma facilidade a qualquer lugar e até situação. Aqui concluí a minha instrução primária e fiz exame de admissão ao ensino Comercial e Insdustrial na cidade de Chaves. Tive boas amizades e gostava muito da minha professora Luciana mas foi também aqui que eu sofri a minha primeira e grande perda, a morte do meu querido Pai, se bem que nesta fase eu era tão inocente que me sentava todos os dias, à tardinha, nas escadas da minha casa à espera que o meu Pai voltasse para nós e durante muitos meses alimentei e vivi com essa esperança, rezava muito à Senhora de Fátima e pedia para que fizesse o milagre de trazer de volta o meu Pai! Pobre criança que eu era!

1 comentário:

Flor Com Pernas disse...

Olá Sonhadora!

Muitos parabéns pelas tuas 1ªs lembranças! Gostei muito de te ler, por isso vou continuar atenta à tua história:)

Quanto a seres uma pobre criança não penso que o fosses. Penso sim que serias inocente, como é normal nas crianças. De qualquer modo quando perdemos alguém que amamos penso que continuamos sempre à espera que esse alguém volte. Isto quer sejamos crianças ou adultos. Lembra-te sempre que esse alguém que perdeste deixou em ti uma grande parte de si, por isso no fundo quem amamos nunca parte. Vive para sempre em nós.
Para finalizar, acho que és sim uma sortuda ... porque tens lembranças para contar.

Beijocas
FCP